Discurso Político de Leandro Santos
Senhora e
senhores
Hoje, 29 de
julho de 2015, assumimos sobretudo a tarefa de escrever, com serenidade e
determinação, uma história diferente, que inaugure um novo tempo para Monte
santo.
Um novo
tempo, em que aqueles que sempre perderam possam por fim ganhar.
Um tempo em
que as vitimas não sejam mais culpadas.
Um tempo em
que a desigualdade social extrema cause indignação, e não indiferença.
E em que
essa desigualdade seja combatida sem trégua, como se combate uma injustiça, uma
doença física e moral.
A partir de
hoje, senhoras e senhores, esse combate por justiça passa a ser algo mais que
simples fruto de nossa convicção pessoal, de nossa formação moral, do ideário político
que sempre abraçamos.
Essa luta
por justiça torna-se a essência do mandato que o povo de Monte Santo vai
conceder.
Minhas
senhoras, meus senhores,
O que hoje
me traz de volta a esta rede social, desta vez investido pelo povo da honra e
da responsabilidade de governar Monte Santo, é a força de uma ideia.
Uma ideia
que uniu trabalhadores das cidades e do campo, estudantes, empresários, líderes
e representantes das mais variadas forças religiosas, sociais e políticas.
A idéia que
nos uniu a tantos Monte Santo, senhoras e senhores, foi a ideia de que é
importante sim que sejam construídas estradas. No entanto, mais importante do
que construir estradas é construir a cidadania, a inclusão dos que sempre
estiveram à margem do desenvolvimento. É construir os caminhos do futuro para a
nossa gente.
Porque o
desenvolvimento econômico só faz sentido se beneficia a grande maioria da
população, e não apenas uns poucos.
Foi a
inversão perversa dessa verdade tão simples que causou em Monte Santo, nos
últimos anos, uma falsa percepção de desenvolvimento. Quando, na verdade, se
buscava – e de fato se conseguiu, perpetuar os mecanismos da nossa brutal
desigualdade histórica.
O grande
desafio que temos pela frente é corrigir essa distorção. Fazer com que Monte
Santo acelere seu desenvolvimento, garantindo que os frutos desse
desenvolvimento beneficie a todos os Monte santense, de todas as regiões do
nosso Município.
Oferecer aos
Montesantense a oportunidades reais para que se emancipem a partir de suas
próprias forças, do seu próprio talento e capacidade. E que dessa maneira se
tornem os verdadeiros atores de sua história pessoal e coletiva.
Há,
portanto, muito trabalho pela frente. Mas não estamos sós. Somos continuadores
de uma das mais ricas tradições das forças da população. A tradição de formular
e realizar programas e projetos que atendam à maioria, que estimulem a
organização popular e assegurem a afirmação da cidadania.
Essa linha
do tempo parte de épocas remotas e está fincada na resistência ao invasor. Na
luta pela independência. Nos relatos de bravura e heroísmo de que deram prova
brancos, negros e índios; senhores e escravos; militares, comerciantes,
sacerdotes e profissionais liberais que conquistaram e desenvolveram esta terra,
berço e orgulho de todos nós.
Senhoras e
senhores,
O pre-mandato
que se inicia hoje representa o ponto alto da retomada do papel histórico do
povo Montesantense como agente das mudanças. Um processo interrompido, mas que
vem sendo paulatinamente reconstruído, sobretudo sob a liderança de tantos
companheiros que se encontram hoje conosco nesta casa e nesta jornada.
É parte
crucial do nosso papel histórico, daqui para adiante, nos mantermos coesos e
fraternos em torno dos princípios e das práticas que sempre nos guiaram, de
modo a aprofundar a luta popular e evitar o retorno daqueles que sempre
quiseram nos dividir para reinar.
Esse mandato
se inscreve também como parte de um movimento em escala continental, em que se
firmam em toda a cidade de Monte Santo vereador comprometidos com a causa do povo.
Em nossos
povoados e em nosso cidade os defensores daquele modelo diziam que o cidade haveria
de se afastar da economia, para que a economia crescesse.
Precisaremos
de todos, pois o desafio que nos foi legado não se resume em administrar a
cidade e fazer o possível. Precisamos fazer o necessário, mobilizando o povo Montesantense
para tornar possível o que sem sua força seria irrealizável.
E é
necessário enfrentar o desemprego e a insegurança. Ampliar e melhorar os
serviços públicos de abastecimento d’água, de saneamento, de educação, de
cultura, saúde e transporte.
O Governo do
Município não se dobrará aos alarmantes índices de miséria e de concentração de
renda, em uma sociedade apartada pelo fosso da vergonha que separa os que comem
três vezes ao dia e os que lutam para ter o que comer no fim do dia.
Ao mesmo
tempo, estamos determinados a preparar Monte Santo para o século 21. Para os
novos tempos, em que o desenvolvimento soberano e sustentável não estará apenas
baseado em recursos naturais, extensão territorial ou poderio militar, mas,
sobretudo, em conhecimento técnico-científico.
Em Monte
Santo está a maior falta contingente de mestres e doutores. Nossa intenção é
fazer a aliança entre o conhecimento e a tecnologia acumulados na universidade
e o saber do povo, moldado pela prática e pela tradição.
Precisamos
formar e capacitar com rapidez nossos trabalhadores, para que eles, sobretudo
os jovens, ocupem os novos postos de trabalho.
A maturação
desses e de outros grandes projetos levará à transformação da base econômica do
Municipio, com efeitos positivos sobre a redução do desemprego e,
consequentemente, sobre a grave crise social.
Também
deveremos investir nos arranjos produtivos que o povo desenvolveu em cada
região, e que são essenciais para fazer o Município crescer com equilíbrio.
Minhas
senhoras e meus senhores
A disputa
eleitoral está a encerrada. Estendo as mãos ao diálogo e à concórdia. Conclamo
a sociedade a unirmos ao Município em
torno de novos consensos que precisamos estabelecer, numa agenda comum, voltada
para a construção de um futuro à altura das nossas mais legítimas esperanças.
Reconhecemos nossas limitações e temos consciência de nossas potencialidades.
Com determinação e firmeza, construiremos o Monte Santo com o qual sonhamos.
Saberemos
contar com o apoio dos servidores públicos estaduais e Municipais.
Aqui estamos
porque há democracia no Brasil. Mas a democracia formal não basta. Ela é
insuficiente para corrigir distorções que atingem toda a sociedade e que só
podem ser retificadas com a democratização da economia. O regime democrático
tem que abrigar, por definição, as aspirações de todos por uma vida melhor.
A economia
brasileira reúne hoje condições excepcionais para impulsionar um novo ciclo de
desenvolvimento. Em nenhum momento dos últimos 30 anos foi criada uma
combinação tão favorável: crescimento com distribuição de renda, controle da
inflação, geração de empregos e redução da pobreza. Agora é hora de destravar a
cidade e crescer a economia, com liberdade, equilíbrio e a decisão de incluir o
maior número possível de Montesantense.
Mudará
também o Monte santo, porque o Monte Santo mudou politicamente, com a eleição
de uma nova safra de líderes comprometidos com as populações mais humildes e
com uma visão moderna da inserção da nossa região na vida Montesantense: mais
unida em torno dos interesses comuns e mais determinada a ser vista como parte
da solução do problema de Monte Santo – e não como problema à parte, a ser
solucionado. É preciso repetir que a questão de Monte Santo é parte fundamental
da questão dos montesantense.
Queremos
sepultar no passado as guerras fiscais entre os Estados nordestinos, em que
isenções, subsídios e incentivos se transformaram em armas, nas batalhas pela
atração de empreendimentos públicos e privados.
Tal política
nos isolou e nos empobreceu. Em seu lugar, buscaremos o planejamento regional,
lastreado por investimentos estruturadores do Governo Federal na região, no
fortalecimento e modernização dos instrumentos institucionais como a nova
Sudene e em ações articuladas pelo conjunto dos governos estaduais.
Mudará, por fim, o modo como Monte Santo será governado. É
nossa decisão fazer um governo participativo, transparente, politicamente
coeso, responsável na gestão fiscal e comprometido com o desenvolvimento
integrado e ecologicamente sustentável de todas as regiões do Municipio.
A administração
Municipal ampliará os canais de diálogo com a sociedade e criará outros, de
maneira a fomentar a participação popular no processo administrativo. A
orientação perpassará todo o Governo, mas será essencial no combate à
violência, que exigem a integração de todos os segmentos organizados da
sociedade e dos poderes constituídos para ser vencida.
Almejamos a
participação popular, não apenas porque dela depende o contínuo aperfeiçoamento
do Município e a legitimação das ações do Governo. Mas, porque é sobretudo com
a participação popular que se constrói a consciência de cidadania, dos direitos
e deveres,
dos limites e das liberdades individuais.
A
administração Municipal será transparente. As contas do Município serão disponibilizadas
a todos os cidadãos via internet. A essa antiga reivindicação da sociedade Montesantense
irão se somar outras medidas, como a padronização dos preços de produtos e
serviços adquiridos pelo Município, a repactuação dos contratos, a definição de
nova prática para as licitações públicas, o fortalecimento das funções de
controle de gestão e consulta à população, de que é exemplo claro a
Controladoria, que vamos implantar.
É nosso
compromisso adotar o modelo democrático de gestão do município o, com a criação
de conselhos nos quais a população, diretamente ou por seus representantes,
possa se fazer ouvir e reivindicar seus direitos.
Outro
compromisso que assumimos de maneira firme é não transigir em relação ao
equilíbrio fiscal das contas públicas. O controle das despesas será rígido, e
será constante o esforço sobre a ampliação das receitas. No entanto, estas
medidas não significarão um fim em si. Implantaremos um equilíbrio fiscal
dinâmico, que assegure a estabilidade do tesouro e, ao mesmo tempo, garanta a
qualidade dos serviços públicos e a capacidade de investimento do município.
Constitui,
aliás, um dos mais sérios desafios ao novo Governo ampliar expressivamente a
capacidade de investimento de Monte Santo, hoje muito baixa, de forma a
garantir o cronograma de implantação dos nossos projetos de governo.
A
administração Municipal terá como um dos seus eixos o desenvolvimento integrado
das regiões.
Senhoras e
senhores
Não falta a
mim, aos que comigo irão governar e ao povo de Monte Santo o disposição para o
trabalho. Como também não faltam, ao compartilhar este momento com tantos
companheiros de jornada, a alegria e a firme convicção de que, apesar dos
desafios, ao final teremos boas contas a apresentar.
Eu
Leandro Santos desejo um dia, prometo ser “servo apenas do ideal e do sonho, e
trabalhar para que Monte Santo cumpra sua vontade de justiça e grandeza.